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  • Foto do escritorHellen Albuquerque

Nômades Digitais e o espírito cigano: conheça a macro tendência

Dia desses andando pelo Largo da Ordem em companhia da Vanessa, amiga e fotógrafa-escudeira, nos assustamos com um rebanho de gringos que vinha em nossa direção. Digo rebanho porque andavam em conjunto, naquele passo lento de quem não conhece a terra onde pisa. Também porque eram todos parecidos.

Mesmo Curitiba sendo considerada uma mini europa brasileira, nós, tupiniquins nativos, temos um sangue misturado. Uma miscelânea de todos os povos que passaram por aqui um tempo, colonizando ou usando como refúgio; e isso se mostra em nossos narizes de todos os tamanhos, peles de inúmeras nuances e no jeito de andar.

Brasileiro tem uma malemolência que nem sempre tem a ver com Sol e samba, mas identifica nosso gingado em qualquer parte do mundo. Voltando aos gringos, eles são muitos e estão em todos os lugares. Mas não culpe o parcelamento das passagens áreas, o dólar ou o tédio. Somos uma geração nômade.

Os estilos folk e boho tem reminiscências ciganas que exemplificam esteticamente a macro tendência dos nômades digitais


Uma das macro tendências atuais, que influencia em todos os nossos setores inclusive na moda, são os Nômades Digitais. Uma possibilidade de trabalho concedida pela internet, em que não é preciso mais se estabelecer em um único ambiente físico, podemos trabalhar e fazer tudo que se precisa de qualquer lugar do mundo…. Se tivermos uma conexão online.

Isso nos leva a resgatar estilos Ciganos, aqueles que também viajavam a todos os lugares e deixavam um rastro das suas leituras futurísticas feitas nas palmas das mãos. É por causa de nossas viagens que temos revisitado desde 2012 as tendências Boho, Folk, Étnica, Tribal… Todas essas formas de vestir representam uma releitura estética do que estamos vivenciando.

Os ciganos são predecessores dos nômades digitais.


Piere Lévy fala que não somos nômades, mas móveis assim como nossos smartphones, porque diferente dos ciganos que viviam em barracas temos posses e casas, mesmo que elas mudem frequentemente. Trocamos as tendas por hostels descolados e nossas malas tem rodinhas, no entanto a inquietação é a mesma.

Uma cidade, uma fronteira, um só povo não nos bastam. Tampouco conhece-los só por posts em blogs de viagens. Precisamos ir até eles. Vê-los. Como um rebanho curioso. Nossas expedições deixariam maravilhados de Cristóvão Colombo a Darwin, porque mesmo que o Google nos mostre de tudo, para aprender a sambar de verdade é preciso ir ao Brasil.

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